Por mais que a gente tente evitar, a tristeza é um sentimento que surge em diversos momentos da vida. Como não sentir a perda de um ente querido, o fim de uma relação, uma demissão inesperada, entre muitas outras situações que magoam o ser humano?
É natural passar alguns dias ou até mesmo semanas com o humor para baixo. Entretanto, quando esse quadro se mantém por meses, é fundamental procurar ajuda especializada para investigar a condição da saúde mental.
Quando falamos sobre isso, quase imediatamente associamos a um quadro de depressão, não é mesmo? É importante esclarecer que estar triste não significa estar deprimido. Mas as duas coisas podem, sim, estar relacionadas.
Vamos falar mais detalhadamente sobre isso, adiante. Acompanhe!
Relação entre tristeza e depressão
A depressão é classificada como doença e faz parte da vida de cerca de 5,8% dos brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Até 2020, essa será a patologia mais incapacitante do mundo. Apesar de a faixa etária mais afetada ser entre 55 e 74 anos, o problema pode surgir em diversas fases da vida, inclusive na infância.
Principais sintomas
A tristeza profunda, que dura por mais de semanas, é um dos principais sintomas da depressão. O sentimento é tão devastador que faz com que muitas pessoas queiram passar dias inteiros na cama ou, até mesmo, tirar a própria vida.
Por isso, essa condição mental merece atenção especial e acompanhamento psiquiátrico o quanto antes. O especialista tem a capacidade para identificar que a pessoa não está apenas triste, mas doente.
Quem está deprimido apresenta outros sintomas, como:
- Desânimo e falta de motivação;
- Falta de prazer em atividades que antes eram agradáveis;
- Desenvolvimento de fobias;
- Dificuldade de concentração;
- Raciocínio lento;
- Alterações de humor;
- Alterações no apetite;
- Baixa autoestima
- Insegurança;
- Insônia;
- Irritabilidade;
- Ansiedade;
- Baixa imunidade (surgimento de resfriados com frequência, por exemplo).
Recuperando a qualidade de vida
O período da depressão gera muita angústia. São muitas alterações no organismo e uma grande dificuldade de encontrar alegria genuína. E muitos amigos e familiares próximos não ficam sabendo disso, pois a pessoa deprimida nem sempre demonstra tristeza.
É o “cachorro preto”, como a própria OMS descreveu no vídeo abaixo.
É por isso que pequenos sinais podem um alerta para indicar uma ajuda especializada. Com o tratamento, é possível recuperar a qualidade de vida e o sentimento de bem-estar.
O médico psiquiatra deve avaliar o paciente individualmente, para buscar identificar possíveis causas, como luto, trauma, estresse, problemas financeiros, nível elevado de autocobrança, bem como questões biológicas, do próprio organismo.
A partir daí, além do acompanhamento por meio da terapia, o especialista poderá receitar medicamentos. Além disso, há outras recomendações para o dia a dia que podem contribuir muito para a evolução do tratamento.
Prática regular de atividade física
É uma medida essencial para a sensação de prazer. Exercícios físicos atuam na liberação de neurotransmissores que atuam no bem-estar.
Alimentação saudável
O consumo de alimentos ricos em vitaminas e minerais nutre o organismo adequadamente, contribuindo para seu funcionamento. Incluir fibras também favorece o intestino, órgão chamado de “segundo cérebro” por ter forte responsabilidade sobre nosso humor.
Pensamento positivo
Nem sempre é fácil manter o ânimo elevado. Mas, na medida do possível, enxergar o lado positivo das situações ajuda o cérebro a direcionar os pensamentos para um caminho melhor. Uma dica é, no fim do dia, reconhecer e agradecer pelas pequenas conquistas. Isso pode ser um fio de esperança para o fim da tristeza.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!