Transtorno de adaptação

Transtorno de adaptação: você sabe o que é?

Perder um emprego, se divorciar, ter um filho, descobrir uma doença crônica e se casar, são exemplos de situações que podem ser estressantes para qualquer um. Seja por problemas ou por ocasiões positivas, o transtorno de adaptação surge em qualquer mudança significativa de vida. Conhecido também como transtorno de ajustamento, essa psicopatologia provoca tristeza, irritação e sintomas de ansiedade. É normal que essas mudanças causem algum abalo emocional nas pessoas. No entanto, no transtorno de ajustamento os sintomas são persistentes e duram mais de três meses após o evento que provocou o estresse. A morte de um ente querido também é um fator que pode desencadear esse transtorno. Entretanto, a diferenciação entre o luto e o ajustamento ocorre na avaliação da intensidade, qualidade e persistência das reações.

Sintomas do transtorno de adaptação

O indivíduo que sofre de transtorno de ajustamento apresenta os sinais além do período de três meses. Dentre os sintomas, estão:
  • tristeza;
  • falta de esperança;
  • falta de prazer;
  • crises de choro;
  • nervosismo;
  • ansiedade;
  • preocupação;
  • insônia;
  • dificuldade em se concentrar;
  • sensação de opressão;
  • pensamentos suicidas.
O transtorno pode, também,  provocar alterações no comportamento do indivíduo. Dessa maneira, ele pode tornar-se imprudente no trânsito e com tarefas importantes, se distanciar da família e dos amigos e ter piora em desempenhos profissionais.

Diagnóstico do transtorno de adaptação

O transtorno de ajustamento está contido no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-V) na categoria de transtornos provocados por traumas e fatores de estresse. No entanto, é importante diferenciá-lo de um estresse pós traumático, por exemplo. O DSM-V baseia critérios para o diagnóstico para o transtorno de ajustamento. Para isso, o paciente deve, como já mencionado, possuir os sintomas há mais de três meses. Além disso, os sintomas emocionais e comportamentais devem ser significativos e devem ser desproporcional ao fator estressante e devem, também, provocar um comprometimento de atividades. Ainda de acordo com o DSM-V, o transtorno de ajustamento é categorizado de acordo com os sintomas predominantes. Por isso, eles podem ser:
  • Estado de ânimo deprimido: as manifestações predominantes são sintomas como humor deprimido, tendência ao choro ou sensações de impotência;
  • Ansiedade: nesse tipo, os sintomas principais são o nervosismo, preocupação ou inquietação. Em crianças é evidente o medo da separação de figuras de vinculação;
  • Transtorno de adaptação com ansiedade mista e estado de ânimo deprimido: combinação dos sintomas de ansiedade e depressão;
  • Perturbação da conduta: nesse caso, os sintomas predominantes estão relacionados à questão comportamental, em que existe violação dos direitos alheios ou de normas e regras sociais importantes;
  • Alteração mista de emoções e conduta: aqui, os sintomas são tanto emocionais quanto ligados à alteração de conduta;
  • Inespecífico: quando as reações não podem ser classificadas como um dos subtipos específicos do transtorno.
Além disso, o transtorno de ajustamento pode ser classificado como agudo, quando a persistência dos sintomas dura de três a seis meses, e crônico, que consiste em sintomas por mais de seis meses.

Tratamento do distúrbio

O tratamento para o transtorno de adaptação deve ser realizado por meio de psicoterapia como a terapia cognitivo- comportamental e a psicoterapia de apoio. Para auxiliar no tratamento, o médico psiquiatra pode recomendar o uso de medicamentos com o objetivo de aliviar os sintomas. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!

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